Translate

domingo, 16 de fevereiro de 2020


Partido Comunista da Grã-Bretanha (PCG)
Os comunistas da Grã-Bretanha veem a saída da Grã-Bretanha da UE como uma oportunidade para desenvolver uma ampla luta internacional contra os grandes negócios e o domínio empresarial, seja exercido através da UE ou de outras organizações internacionais.


Capturar1236547.JPG
Ao deixar a UE, os comunistas da Grã-Bretanha enviam as suas saudações solidárias a todos os que lutam por justiça social e pela emancipação em qualquer parte da Europa e em todo o mundo.
Os comunistas da Grã-Bretanha veem a saída da Grã-Bretanha da UE como uma oportunidade para desenvolver uma ampla luta internacional contra os grandes negócios e o domínio empresarial, seja exercido através da UE ou de outras organizações internacionais.
Para nós, na Grã-Bretanha, perante um governo populista de direita, esta luta não será fácil. No entanto, também entendemos as origens de classe da oposição de massas à UE no nosso país. Em última análise, decorre da profunda raiva dos trabalhadores com a degradação económica sofrida em resultado da austeridade da UE e das medidas a favor dos grandes negócios. É esta luta contra a dominação corporativa empresarial que vamos continuar.
Agora lutamos para transformar os termos da saída da Grã-Bretanha no interesse dos trabalhadores.
Em particular, exigimos que, nas atuais negociações, os termos de qualquer acordo mantenham os direitos democráticos fundamentais dos nossos parlamentos e assembleias para controlar as condições da vida económica. Isto significa que as nossas instituições democráticas devem ter a liberdade de assegurar uma propriedade pública abrangente, fornecer auxílios estatais para prevenir o desemprego, usar contratos públicos para o bem comum e garantir que os trabalhadores fiquem livres das ameaças impostas aos seus direitos coletivos pelos negócios do “direito de estabelecimento” da UE.
Por isso hoje, 1 de fevereiro de 2020, saudamos todos os que, na UE, se batem numa batalha idêntica.
Saudamos os sindicalistas e comunistas da França, que estão a lutar para defender os direitos da segurança social e impedir que o Presidente Macron implemente o Programa de Reformas da UE.
Saudamos os comunistas de Portugal, que mobilizaram os trabalhadores para parar o programa de privatização imposto pela UE.
Saudamos os comunistas da Grécia, que lutaram contra sucessivas ondas de cortes nas pensões, nos serviços sociais e nos salários.
Saudamos os comunistas da Dinamarca, República Checa, Itália, Espanha, Bélgica, Holanda e Alemanha, que lutaram contra a erosão dos direitos coletivos laborais, a imposição, por parte da UE, da flexigurança salarial obrigatória e, na Dinamarca, a imposição do trabalho social.
Saudamos os comunistas da Polónia, Hungria, Estónia, Letónia e Lituânia, que enfrentam a prisão pela sua defesa do socialismo, sem qualquer intervenção da UE para proteger os seus direitos civis; UE que, pelo contrário, elaborou e promoveu uma resolução historicamente falsa e difamatória, que equipara o comunismo ao fascismo.
Saudamos os comunistas de Chipre, cujo território é ocupado pela Grã-Bretanha e pela Turquia e que estão a lutar para garantir uma unidade intercomunitária entre os trabalhadores, por um Chipre federal bicameral e bizonal e o fazem sob condições de austeridade impostas pela UE, por nós [Grã-Bretanha] e pelo jogo de poder israelita e turco.
Saudamos os trabalhadores do Mediterrâneo e da África, cujas economias foram enfraquecidas com os Tratados de Livre Comércio da UE e cujos jovens, que procuram uma nova vida em território europeu, morrem diariamente à vista da polícia de fronteira da “fortaleza da Europa”.
E, finalmente, saudamos os comunistas da Ucrânia, que enfrentam a prisão e a violência estatal num Estado associado da UE, cujo governo legítimo foi derrubado por um golpe sancionado pela UE.
Estamos determinados a que a nossa batalha contra a dominação dos grandes negócios na Grã-Bretanha, por mais limitada que seja, mesmo assim ajudará a luta contra o capitalismo monopolista e o imperialismo na Grã-Bretanha, na UE e em todo o mundo.
Fonte: Boletim Internacional do Partido Comunista da Grã-Bretanha (PCG), 1.ª parte da p. 1: https://www.communist-party.org.uk/images/pdfs/Unity_February_Internat_2020.pdf, acedido em 2020/02/03
Tradução do inglês de PAT

Sem comentários:

Viagem à Polónia

Viagem à Polónia
Auschwitz: nele pereceram 4 milhôes de judeus. Depois dos nazis os genocídios continuaram por outras formas.

Viagem à Polónia

Viagem à Polónia
Auschwitz, Campo de extermínio. Memória do Mal Absoluto.